Estruturas ocultas de até dois quilômetros desafiam visão tradicional das pirâmides como meras tumbas reais
Um novo estudo científico está causando grande repercussão no mundo arqueológico e nas redes sociais. Pesquisadores italianos e escoceses anunciaram a descoberta de um Complexo Secreto Sob as Pirâmides de Gizé, no Egito. Caso confirmado, o achado pode transformar completamente o entendimento que temos sobre essas construções milenares e desafiar a visão tradicional de que serviam apenas como tumbas reais.
A revelação, feita com uso de tecnologia avançada de radar, aponta para um sistema subterrâneo colossal, composto por câmaras, túneis e poços verticais, que pode mudar radicalmente o que sabemos sobre a engenharia e os rituais do Antigo Egito. O anúncio não só surpreendeu a comunidade científica, como também reacendeu teorias antigas sobre possíveis usos desconhecidos das pirâmides.
Uma descoberta impressionante
Liderados por Corrado Malanga, da Universidade de Pisa, e Filippo Biondi, da Universidade de Strathclyde, os cientistas aplicaram tomografia de radar de abertura sintética (SAR) para mapear a região. O resultado surpreendeu: um sistema subterrâneo com dois quilômetros de extensão, abrangendo as três pirâmides principais.
O comunicado oficial, divulgado em 15 de março, descreve detalhes fascinantes. Foram identificadas cinco estruturas idênticas, distribuídas em vários níveis e interligadas por passagens geométricas. Além disso, os pesquisadores localizaram oito poços cilíndricos verticais cercados por caminhos espirais, descendo impressionantes 648 metros de profundidade. Estes poços levam a duas câmaras cúbicas gigantescas, cada uma com 80 metros de largura, altura e profundidade.
Teorias que desafiam a visão oficial
Naturalmente, a descoberta logo repercutiu nas redes sociais. Um vídeo publicado pelo canal Relatório Reese destacou que as estruturas “desafiam a crença de longa data de que as pirâmides serviam apenas como tumbas reais”.
Consequentemente, o debate reacendeu antigas teorias sobre o verdadeiro propósito das pirâmides. O inventor Nikola Tesla, por exemplo, acreditava que as pirâmides poderiam captar e amplificar a energia natural da Terra. Da mesma forma, o engenheiro Christopher Dunn, em seu livro The Giza Power Plant, sugeriu que a Grande Pirâmide funcionava como uma máquina capaz de transformar vibrações sísmicas em energia.
Nas redes sociais, muitos usuários não perderam tempo para especular. Alguns afirmaram que esta seria “a descoberta mais importante de nossas vidas”. Outros compararam as estruturas recém-descobertas a cenas de filmes como National Treasure 3, levantando hipóteses sobre civilizações avançadas ou tecnologia alienígena.
O ceticismo da comunidade científica
Por outro lado, diversos especialistas mantêm uma postura cautelosa. O arqueólogo Lawrence Conyers, da Universidade do Arizona, questionou a precisão dos métodos empregados. Segundo ele, é improvável obter imagens claras a profundidades tão extremas. Para Conyers, a pesquisa pode ter exagerado os resultados. No entanto, ele reconhece que câmaras menores podem, de fato, existir no local.
Além disso, a Dra. Sara Schrader, da Universidade de Leiden, chama atenção para evidências anteriores. Estudos mostram que ossos encontrados em Gizé exibem marcas de trabalhadores, o que sugere que os túmulos não eram exclusivos da elite, mas também abrigavam operários e funcionários de baixo status.
E agora?
Diante dessa descoberta, a equipe do Projeto Khafre demonstrou interesse em iniciar escavações. Contudo, o governo egípcio tem sido cauteloso em aprovar investigações que desafiem a narrativa oficial. Atualmente, a posição oficial defende que as pirâmides foram construídas por volta de 2500 a.C., usando rampas e ferramentas simples, com finalidade funerária.
Enquanto isso, o famoso Complexo de Gizé — que inclui as pirâmides, a Grande Esfinge e outras estruturas históricas — segue cercado de mistérios. Agora, com a revelação do possível Complexo Secreto Sob as Pirâmides, o fascínio mundial por uma das maiores maravilhas arqueológicas da humanidade só aumenta. A pergunta que permanece é: quais segredos ainda estão enterrados sob as areias do Egito?